Ainda estamos apaixonados

Peço licença aos amigos que escreveram e descreveram tão bem essa paixão pelo que vivemos e venho humildemente mostrar aos muitos que lêem que AINDA ESTAMOS APAIXONADOS!
E pra seguir a mesma linha, vai outro texto, mas dessa vez do Bernardo Loureiro (vocalista da saudosa banda Liberpensulo). As palavras do mesmo surgiram, pelo mesmo fato que as do Gabriel do post passado. Então, outra vez, deliciem-se!

"Eu fiquei um tempo longe do hardcore, é verdade que tive outros motivos, mas devo salientar que eu estava DESMOTIVADO, o hardcore que eu conhecia tinha mudado demais. O hardcore que o Gorilla Biscuits, o Minor Threat, o Youth of Today e tantas outras me ensinaram, estava ofuscado por um modismo infame e ôco. Eu tentei dizer pra um e outro que o que existe hoje e chamam de hardcore é muito diferente do que eu conhecia, tão diferente, que eu não reconheço mais, pra mim é outra coisa qualquer.

Hardcore não mata fome, não muda nações, não faz de um povo rico, não destrói miséria, hardcore NÃO É A SOLUÇÃO DE TODOS OS PROBLEMAS. Hardcore é um sentimento de descontentamento, de olhar o mundo e ver que essa porra toda esta em estado de putrefação. O hardcore é a sua oportunidade de GRITAR, BERRAR, FAZER MUITO BARULHO e mostrar que você NÃO QUER ESSA MERDA. Um benefício incontestável do hardcore é você ter a oportunidade de conhecer pessoas tão descontentes e apaixonadas por "BERRAR" quanto você. Nela você cria amizades fortes, de pessoas que sentem prazer de estar com IGUAIS, pessoas que compartilham o mesmo sentimento. Hardcore é respeito. Mesmo que você berre, grite, faça barulho, toque rápido, use tênis baixo, ande de skate, faça tatuagem, ande de preto, seja mal, tenha crew, use piercing... Se o que você vive NÃO TEM RESPEITO, me desculpe, mas você não vive o HARDCORE.

"Amigos do Crime", fiquem felizes pelo acontecimento, isso serviu pra ajudar a separar o joio do trigo. Sintam orgulho por serem verdadeiros consigo mesmo, pelo compromisso com a sinceridade. Os seus amigos estão do seu lado e eu estou nesse meio."

Por Bernardo Loureiro.

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